Dassanta (2010)
Texto e Direção: Solange Dias
Escrito em 1997 dentro do Núcleo dos 10, grupo de dramaturgos coordenado por Luis Alberto de Abreu.
Em 2007, recebeu o prêmio de 1o. Lugar no Concurso de Dramaturgia Feminina do Núcleo 184 de Teatro, coordenado por Dulce Muniz.
Sinopse
Dassanta traz Olivério, um velho cego contador, que vagueia pelo sertão vivendo das histórias que conta nas feiras populares.
No formato de uma história dentro da outra, Olivério conta a vida de Dassanta, uma bela mulher que vive em um sertão mítico, que tem a maldição de trazer a morte aos homens que se apaixonam por ela.
Em uma Festa de Bois, dois vaqueiros, Antenoro e Bragadá, disputam o amor de Dassanta.
Dassanta (do "Auto da Catingueira")
ResponderExcluirElomar Figueira Melo
Mais o pió qui era qui sua buniteza
Virô u'a besta fera naquelas redondeza
In todas brincadêra adonde ela chegava
As mulê dancadêra assombrada ficava
Já pois dela nas fêra os cantadô dizia
Qui a dô e as aligria na sombra dela andava
A adonde ela tivesse a véa da foice istava
A véa da foice istava
In todas as brincadêra adonde ela ia
Iantes dela chegava na frente as aligria
Dispois só se uvia era o trincá dos ferro
As mãe soltano uns berro
Chorano mal dizia
E triste no ôtro dia
Era só chôro e intêrro
Dassanta era bunita qui inté fazia horrô
No sertão prú via dela
Muito sangue derramô
Conta os antigos quela
Dispois da morte virô
Pássu das asa marela
Jaçanã pomba fulô
Fulô roxa do panela
Só lá tem essa fulô
Dispois da morte virô
Pássu japiassoca assú
Dispois da morte virô
Pássu japiassoca assú
Pássu japiassoca assú
Pássu japiassoca assú
Dispois da morte virô
Pássu japiassoca assú
Dispois da morte virô
Pássu japiassoca assú
Pássu japiassoca assú
Pássu japiassoca assú